terça-feira, 27 de janeiro de 2009

LEMBRAR GAZA


(Rubens-1612)

Dormimos um sono profundo.
Não vemos , não ouvimos, não falamos, não pensamos, tal e qual os macaquinhos estátua.

Batem à porta que não abrimos.

Construiram um monumento a aviões carregados de pára quedista.
Treinam uma qualquer guerra.
Não me interessa.Sei que sobrovoam a minha casa.
- Ó parolo! Ólhó avião!

3 comentários:

Charlotte disse...

Mais uma vez, bem escolhida a imagem. E o alerta. A memória do ser humano costuma ser curta para o que está longe. Para o que não sente na pele.

antonio ganhão disse...

Esse avião leva também a nossa consciência...

Pata Negra disse...

Mandem bombas, mandem bombas, mandem bombas sobre a minha aldeia, mandem bombas sobre a minha casa, mandem bombas sobre a minha família, mandem bombas sobre mim, salvem-me, salvem-me de saddam, salvem-me do hammas, salvem-me, mandem bombas, salvem-me, mandem bombas
Um abraço do lado de onde vivem aqueles que mandam
E larga-te sempre assim, como o vento, espontâneo, verdadeiro e autêntico como uma granada já que não podes ser bomba